A perua que habita meu corpo gostou do conceito da Redley, mas não conseguiu gostar de muito mais, infelizmente.O tema da coleção foi a Evolução, e a coleção em si foi totalmente básica, quase cosmopolita, com três cores apenas: branco, cimento e preto; e nuances de vermelho acendendo aqui e ali.
Enfim, odeio falar de coisas ruins, mas amo as coisas boas e o que a Redley fez de melhor, em seu desfile, foram as texturas fortes como lã, linho, algodões, tule, gaze, couro lavado e uma seleção de sintéticos. E a sandália vazada, como se uma bota fosse, para mim, centopéia que sou, entrou para minha wish list de inverno! E, garotos, prestem atenção aos pareôs e saroéis, pois quase tudo na Redley versão 2011 vem nesta modelagem, incluindo as bermudas, amplas, amplas, amplas, para deixar literalmente seu bicho solto! UAU!
Looks Redley |
Mas, sabem, acho que o maior problema, e espero sinceramente que eu esteja errada, foi a marca apostar numa visão globalizada demais, esquecendo o básico, que é o fato da Redley ser uma marca carioca, meio surfista e com consumidores idem. Lembro de um Rodrigo Santoro saradíssimo, numa maravilhosa coleção de inverno do ano passado, e, ao comparar com esta, toda conceitual , criada pelo nova-iorquino Sandy Dalal, e mais adequada ao lado de cima da linha do Equador, me pergunto como quem realmente compra a marca se sentirá? Se animado a se tornar globalizado ou, simplesmente, continuar a consumir surf wear, tendo que comprar em outra freguesia...
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